Severas medidas contra as vendas a descoberto de ações, títulos de dívida etc., decretadas pela Alemanha ontem à noite, derrubaram o final do mercado americano e do nosso , o euro e as comodities. Hoje o processo prossegue: na Europa, onde os índices terminaram ontem com forte alta, temos baixa de 2,8% do Stoxx50, até agora. Na Ásia, o impacto foi bem menor, o Nikkei225, no Japão, perdeu 0,54%. Nos Estados Unidos, o futuro do S&P500 vai caindo -0,6% e o euro e as comodities seguem bem fracos. A reação é irracional, como de hábito, porque além de temporária (um ano, mais ou menos), a medida era reclamada pela maioria e, teoricamente, obriga à cobertura por parte dos vendidos, sem permitir que eles continuem pressionando o mercado. Isso era o que vinha acontecendo, uma corrente da infelicidade, em que a força dos especuladores desafiava as autoridades regulamentadoras. No processo, ficam talvez atingidas operações legítimas de hedge, o que pode diminuir a liquidez dos mercados, mas esse é um preço a ser pago. Resta ver se os demais países têm a mesma coragem... Por aqui, a Bovespa acabou despencando no fechamento de ontem, por conta das baixas gerais, ainda que com uma surpreendente atuação neutra das corretoras internacionais (saldo vendedor de –R$ 16 MM). Os aluguéis de ações aumentaram em geral mais em Petrobrás. A posição comprada por investidores estrangeiros no futuro do índice caiu em de +8 para apenas + 3 mil contratos. A posição comprada dos mesmos investidores no dólar futuro aumentou de +21 para + 32 mil contratos. No pré-pregão, o Fut. Junho opera em baixa de 0,9%, com volume enorme de 11,2 mil contratos, mas abriu mais fraco ainda.