Ontem os mercados tentaram reagir, durante o dia, contra a onda de pessimismo que acompanhou a conclusão do impasse político americano; curiosamente, no entanto, são as próprias críticas políticas ao acordo feito que alimentam o mau humor generalizado, trazendo de volta os urubus e as profecias catastróficas. Nesse ambiente, as cotações voltam a enfraquecer: no Japão, o Nikkei225 ainda ganhou o,23%, na medida em que o governo local vai agindo para impedir maiores valorizações do yen; na Europa, a abertura chegou a ser em alta, mas agora o Stoxx50 vai perdendo 0,5% enquanto que nos Estados Unidos, o futuro do S&P50, que chegou a ter boa alta ainda ontem, vai recuando 1%. O dólar ganhou espaço entre as moedas, com a continuada corrida de compras aos títulos federais, com os juros no open market ainda em baixa. Entre as comodities, alta nos metais preciosos e baixa no petróleo e nos metais industriais. Por aqui, a Bovespa teve nova forte baixa, com volume bem acima da média e outro estranho saldo comprador das corretoras internacionais (+ R$ 62 MM), que operaram muito no giro. No aluguel de ações, os saldos aumentaram em geral (especialmente em PETR4, que chegou a 150 MM, vindo de 69 MM no dia 22, há 9 pregões. A posição vendida dos investidores estrangeiros no futuro do índice passou de -107 a -104 mil contratos. A posição vendida dos não residentes no futuro de dólar ficou em -100 mil contratos. No pré pregão, o futuro Agosto opera em baixa de 1,6%. Há sinais do fenômeno de capitulação, quando muitos que tentam operar a longo prazo se assustam e vendem, o que geralmente ocorre com mercados já sobrevendidos, nas proximidades de um fundo relevante.