Abertura

Ao confirmar que o FED fará, talvez no fim do ano, aquilo que todos sabiam que seria feito em breve, o Sr. Bernanke fez um discurso extremamente otimista, pois a redução de estímulos monetários decorreria da recuperação da economia e esses estímulos eram feitos com grande sacrifício fiscal. Num acesso global de ignorância, a reação dos mercados está sendo de pânico: os juros dispararam no open market, pela pressão da venda de papéis de renda fixa que estavam em altas cotações há tempos (por conta dos juros baixos reinantes...) e os títulos de 10 anos passaram de 2,18% de ontem para 2,44% agora, enquanto que as Bolsas despencam, talvez por que também estejam há tempos em topos plurianuais: o Nikkei225, no Japão, perdeu 1,74%, o Stoxx50 europeu vai caindo 2,65% e o futuro do S&P500, nos Estados Unidos, que já cedeu ontem, perde 1%, até o momento. O dólar ganha muito entre as moedas, nesse caso com alguma lógica, e a maioria das comodities opera em baixa (o ouro perde 6%...). Por aqui, o Ibovespa já fechou em baixa muito forte, mais por nossa própria situação, com volume acima da média de maio e um incrível e grande saldo comprador das corretoras internacionais. No aluguel de ações líderes, subiu apenas o saldo de PETR3. A posição comprada dos investidores não residentes no futuro de dólar passou de +31 mil para + 25 mil contratos, na disparada do à vista. A posição vendida dos investidores estrangeiros no futuro do índice passou de -91 mil para -97 mil contratos. No pré pregão, o futuro Agosto opera em baixa de 1,8%.