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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Copom

Ainda que a mídia repita a ladainha de que os juros aumentam para controlar a inflação, ao forçar para menos o consumo, os preços que estão subindo são os administrativos (energia etc.), forçados pela trapalhadas governamentais; além disso, não é verdade que o Estado esteja com essa medida retirando recursos do setor privado, pois sendo ele o maior devedor (mais de 50% do PIB), esses juros a mais estão sendo apenas movimentados entre contas, sem reduzir os meios de pagamento. Resta, talvez, o aspecto psicológico, pois pela repetição muita gente parece acreditar nessa conversa fiada...

Vale

Perdas incrivelmente altas com derivativos (R$ 4 BB) e com variações cambiais (R$ 9,1 BB) conduziram ao prejuízo do trimestre. A Diretoria terá dificuldades para explicar como não evitou boa parte disso justamente com derivativos (hedge). Não fosse isso, teria apurado lucro mesmo com a queda impressionante do preço do minério, em vista da produção recorde do período e seus baixos custos. Cabe lembrar que num quadro global de crescimento baixo, a enorme luta por mercados está numa fase em que os grandes produtores estão aumentando consideravelmente a oferta, para afastar menores concorrentes (dumping), mais ou menos como ocorre tambem no petróleo e em outras comodities. Algumas correntes consideram isso "a destruição criativa do capitalismo"...

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Petrobrás

Ainda não foi reestabelecido o fluxo do mercado para o meu sistema de acompanhamento e assim, após algumas semanas, ainda não estou com a base de dados atualizada (planilhas, gráficos etc.). Sigo com a promessa de solução até ontem, mas não dá para retomar a atividade de rotina. Entretanto, devo uma palavra sobre a Petrobrás. O quarto trimestre de 2014 deu um lucro líquido de R$ 17,745 BB que, deduzida a desvalorização de ativos reconhecida de RR$ 44,345 BB (R$ 32,089 líquidos de impostos), passou a prejuízo de R$ 26,6 BB. A baixa de gastos indevidos com a corrupção foi atribuída ao terceiro trimestre (R$ 6,194 BB). Esse lucro foi causado por reajuste dos derivados em novembro (5% no diesel e 3% na gasolina), maior produção de petróleo e gás no país e um ganho eventual pela venda de participação em investimento no Peru (R$ 3,286 BB). A queda do preço internacional do petróleo ocorreu nesse mesmo período (em 2015, um fundo estaria se formando) e colaborou um pouco para melhores margens, mas a alta do dólar posterior pesa sobre a dívida. Imaginando que novas perdas não venham a ser registradas, as condições atuais sugeririam um lucro de pelos menos R$ 50 BB para 2015, quase R$ 4 por ação. As perdas registradas farão uma importante redução nas despesas com amortizações e depreciações. Os riscos são os de sempre: será que o Governo manteria a proposta do atual presidente da Cia de manter preços competitivos ? Haverá novas surpresas com o LavaJato ? Etc. As atuais cotações, com P/L 3 descontam a maior parte desses riscos e não precificam muito das hipóteses otimistas. O novo Plano de Negócios estará focado em diminuir a alavancagem, proteger o caixa, ainda que à custa de bem menores investimentos. Afinal, o petróleo ainda está perto das mínimas mais recentes. Conclusão: o papel está bem barato, mas o mercado tem boas razões para se manter bem desconfiado. Abraços a todos e até breve (espero...)

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