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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Corretoras internacionais, final do dia

Num dia de movimento apenas regular, quase todas as corretoras deste grupo estiveram na venda, algumas de forma bem intensa, levando o saldo vendedor a expressivos - R$ 545 MM (Credit Suisse - 178, Morgan Stanley - 153, Pactual - 126), enquanto poucas terminaram com saldo comprador, que somou apenas +R$ 36 MM (Brascan + 17), ficando um saldo vendedor altoi de - R$ 509 MM.

Fechamento (futuro)


Abrindo com largo gap para baixo, o índice prosseguiu caindo até perto das 16 horas, quando apresentou recuperação parcial até o final, sem cobrir o gap; além de estar já um pouco abaixo da MM de 200 barras, todo o movimento do dia foi abaixo de uma antiga linha de suporte. Os indicadores, como tem acontecido, cederam menos do que a cotação e terminaram em cima de suas médias móveis, mas o mercado segue indefinido, tendo sido negociados hoje 64 mil contratos.

Abertura

Os mercados mundiais operam em forte baixa, com o prosseguimento da derrubada no mercado americano, visando (ao que parece) testar os fundos de novembro último, especialmente o do S&P500 (741), na falta de liderança política quanto ao socorro para a crise. No Japão, o Nikkei 225 perdeu 1,87% e na Europa, o Stoxx50 vai recuando quase 3%, num clima de extremo pessimismo. Os futuros americanos cedem até agora perto de 1,6% mas o dólar segue firme entre as moedas. O petróleo deu um salto para cima ontem, por conta de estoques menores e o ouro vai chegando quase a US$ 1.000 por onça troy. Muitas dessa variáveis não formam um quadro coerente, mas parecem movimentos nervosos de curtíssimo prazo. Por aqui, a Bovespa teve um dia fraco de movimento, mas manteve-se em leve alta, descolada ainda mais do mercado americano que estava em pânico. Para isso deve ter colaborado, alguma recompra de vendidos (o aluguel em PETR4 e VALE5 teve o saldo reduzido nuns 10% cada...) e uma surpreendente atividade moderada das corretoras internacionais, que normalmente aproveitariam dos sustos em Wall Street para comandar uma derrubada por aqui, em grau até nem maior; ontem, limitaram-se a giros intraday. No pré-pregão, o Fut. Abril vai caindo cerca de 2,6%, com 4.200 contratos negociados, volume alto para este horário. O balanço da Vale apresentou resultados confusos em real, face aos ajustes à nova legislação contábil, mas em dólares, o lucro do quatro trimestre foi bem fraco, sentindo os efeitos do colapso da economia mundial.

Balanço anual da Vale

No quarto trimestre, o lucro líquido da Vale (controladora) foi de R$ 2,020 BB; no primeiro trim. de 2008, havia sido de R$ 2,252 BB, no segundo de R$ 4,573 BB e no terceiro, de R$ 12,434 BB somando assim R$ 21,279 BB em 2008. A Vale, além de exportadora, tem muitos investimentos no exterior e uma dívida bruta elevada, o que torna a taxa cambial decisiva para seu resultado em moeda nacional. Além disso, neste balanço de 2008, estão incorporadas modificações contábeis impostas pela CVM e que visam fazer convergir as demonstrações brasileiras com as feitas por normas internacionais e é importante ressaltar que isso diminui o lucro líquido em quase R$ 8 BB ao longo do ano de 2008. É um balanço muito complexo por causa disso.

Com os efeitos da crise, as cifras deste último trimestre foram bem mais fracas, a tonelagem vendida caiu muito e com isso as margens operacionais; pelo que se andou lendo, o resultado foi ainda bem abaixo do esperado. No Relatório, a Administração da empresa afirma ter condições superiores para se manter competitiva no futuro.

Aos R$ 29,30 de ontem e considerando os R$ 0,38 de L/a do último trimestre vezes quatro, o p/L projetado ficaria em 19,3 e o p/L sobre o anual de 2008 seria de 7,18...

Maiores detalhes na Edição desta semana do "Verdades e Mentiras da Bolsa".

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